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O conselheiro do departamento europeu do Fundo Monetário Internacional, Hossein Samiei, afirmou hoje - no 'Workshop sobre reformas estruturais', promovido pelo Governo - que a instituição não olha para Portugal como olha para a Grécia e que está confiante no caminho que está a ser tomado.
«Na nossa opinião, Portugal não é a Grécia. Portugal tem sido forte a seguir o programa em várias formas. Há sempre riscos externos, mas evitar o risco é precisamente manter os pontos fortes do programa», afirmou o responsável, que pouco antes defendeu que Portugal voltasse a equacionar um corte na Taxa Social Única paga pelos empregadores.
Hossein Samiei exemplificou o optimismo do fundo com o resultado da colocação de dívida a onze meses feita na passada quarta-feira, uma maturidade que não era utilizada desde que Portugal pediu ajuda: «Penso que o último leilão, na quarta-feira, ilustra isto. O resultado foi uma surpresa, porque a dívida a onze meses ficou abaixo dos cinco por cento», disse.
O responsável disse ainda estar «muito mais optimista sobre o programa e sobre as perspcetivas» para a economia portuguesa e que o foco das autoridades portugueses tem de estar agora no crescimento económico.
«O problema é que Portugal precisa de crescer para fora da crise. O enfâse tem de estar no crescimento, ao mesmo tempo que tem de assegurar a consolidação orçamental. O principal foco tem de estar no crescimento e nas reformas estruturais. A economia tem potencial para crescer, se calhar não no primeiro e no segundo ano, mas com o tempo. Demora tempo», disse.
Hossein Samiei diz ainda que «a situação não é sustentável sem medidas», mas considera que «as autoridades estão a fazer um bom trabalho» e que «com com salvaguardas, vai correr tudo bem».
«O Governo está a tomar boas opções. Com estas políticas podemos estar confiantes«, disse ainda.
Lusa/SOL