in TSF
Os sindicatos acusam o executivo de usar mão-de-obra barata e entendem que esta foi a «fórmula que o Governo encontrou de mexer nos números do desemprego».
Luís Pesca diz que trabalhadores em situação fragilizada estão a ser usados para colmatar faltas de pessoal
Os sindicatos estão contra a colocação de desempregados em programas ocupacionais, por causa dos frequentes abusos, nomeadamente na administração pública central e local.
Para os sindicatos, os postos de trabalho efectivos estão a ser ocupados por desempregados que, no final do programa de inserção, não têm qualquer hipótese de continuar a trabalhar e que, com demasiada frequência, são substituídos por outros desempregados vindo do mesmo programa ocupacional.
O coordenador da Federação dos Sindicatos da Função Pública diz que «será esta a fórmula que o Governo encontrou de mexer nos números do desemprego e, ao mesmo tempo, servir-se desta mão-de-obra para funções de carácter permanente em alguns serviços do Estado que estão paupérrimos de funcionários».
Luís Pesca fala mesmo numa forma que os governos encontraram para «mascarar as estatísticas», uma vez que estes desempregados deixaram de contar para os números do desemprego.
«Está-se a usar trabalhadores que estão numa situação fragilizada, que estão desempregados, para colmatar faltas de pessoal, derivada a este absurdo bloqueamento de admissões na Função Pública», concluiu.