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Pela primeira vez na história da humanidade, o número de pessoas que sofrem de fome alcançou os mil milhões, ou seja, 15% da população mundial. Ouvimos bem – mil milhões de pessoas! São números revelados por um alto dirigente das Nações Unidas, na II Assembleia para África, do Sínodo dos Bispos.
São números violentos e chocantes. Mesmo para aqueles que sempre encolheram os ombros à pobreza, refugiando-se em frases como - “Sempre haverá pobres” .
Todos sabemos que a fome é o rosto mais visível da pobreza. Mas há muito que a pobreza e a miséria não se confinam a África ou à Ásia: A fome está ao nosso lado, a pobreza vive à nossa porta.
O trabalho desenvolvido pela Igreja Católica “ao lado dos pobres” é reconhecido internacionalmente, e em Portugal todos os dias surgem notícias sobre as mais diversas iniciativas, que vão desde refeitórios sociais a financiamentos destinados a ultrapassar situações de desemprego.
Todos pressentimos que a solução está nas acções concretas que implicam partilha e ajuda. No entanto, sabemos que todas estas iniciativas não serão suficientes.
Decididamente, não podemos continuar a viver a fantasia de um país rico e, de uma vez por todas, temos de ter a coragem de olhar com verdade para o que se passa ao nosso lado e actuar.
Partilhar tempo, dinheiro, competência, atenção e afecto com quem mais precisa.