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Jovens e trabalhadores precários são os grupos mais vulneráveis à pobreza
Os portugueses estão pessimistas: acreditam que a pobreza está a aumentar e têm baixas expectativas quanto à capacidade de recuperar dessa condição no futuro.
As conclusões fazem parte de um inquérito sobre «Percepções da pobreza em Portugal», realizado pela Amnistia Internacional Portugal e divulgado esta terça-feira, que conclui que 77% dos portugueses inquiridos têm pouca ou nenhuma esperança na recuperação de situações de pobreza.
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Já 75% dos inquiridos dizem mesmo que a situação piorou nos últimos cinco anos, enquanto outros 50% acreditam que irá continuar a piorar.
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Os grupos considerados pelos inquiridos como os mais vulneráveis à pobreza são dois: os jovens à procura do primeiro emprego e os trabalhadores precários ou com baixos salários.
«Os portugueses sentem a pobreza e sentem-na numa proporção preocupante», avalia o documento.
É ao Governo que compete resolver a crise
Em relação à situação dos inquiridos, a percepção é considerada pelos promotores do estudo como igualmente preocupante: 20% afirmam viver uma situação de risco de pobreza, 7% de pobreza explícita e 1% de miséria.
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Já 52% afirmam que vivem com algum conforto, o que, segundo o estudo, pode significar alguma aceitação de níveis menores de conforto ou uma dificuldade em admitir frontalmente uma situação de menor conforto ou mesmo de pobreza.
Em relação às causas da pobreza, a percepção encontra-se concentrada nas questões do emprego e apontam o dedo ao Governo como o principal responsável para resolver a situação actual.
Este estudo, feito em parceria com a Rede Europeia Anti-pobreza e o Centro de Investigação em Sociologia Económica e das Organizações do ISEG, tem uma amostra representativa de 1.350 pessoas com 18 anos ou mais e 19 freguesias seleccionadas aleatoriamente em cada região de Portugal.