17.10.09

Presidente do Instituto de Segurança Social sublinha estratégia de combate à pobreza

in TSF

O presidente do Instituto da Segurança Social, Edmundo Martinho, defende que Portugal tem tomado medidas estruturais de combate à pobreza, em discordância com a coordenadora da Rede Europeia anti-pobreza que alertou para a falta de uma estratégia nacional.

Edmundo Martinho diz que algumas mudanças provocaram melhorias na pobreza em PortugalEdmundo Martinho afirma que têm sido tomadas medidas estruturais na luta contra a pobreza

O presidente do Instituto de Segurança Social discorda da coordenadora da Rede Europeia anti-pobreza. Sandra Araújo diz que falta uma estratégia nacional neste combate.

Edmundo Martinho defende, pelo contrário, que têm sido tomadas iniciativas de fundo.


«Nós temos medidas que longe de serem almofadas são estruturais do ponto de vista do combate à pobreza, não concordo de todo com essa pretensa ou alegada ausência de estratégia», adianta.

O responsável considera que as agulhas estão correctamente apontadas ao «combate à pobreza dos idosos, 230 mil portugueses que antes estavam abaixo do limiar da pobreza e hoje não estão».

Edmundo Martinho realça também que no próximo Governo deverá ser adoptada «uma segunda linha estratégica» para lutar contra a pobreza infantil.

O presidente do Instituto de Segurança Social considera igualmente, em sentido oposto ao que defende a Rede Europeia anti-pobreza, que nesta altura Portugal está seguramente melhor do que em 2006 quando se apontava a existência de 18 pobres em cada 100 pessoas.

Edmundo Martinho afirma que a taxa relativa ao limiar de pobreza em Portugal está actualmente abaixo deste valor, mas reconhece que há pessoas que podem estar a enfrentar dificuldades tendo em conta os casos de desemprego.

«Muitas coisas aconteceram nomeadamente o crescimento muito significativo do complemento solidário para idosos, sabemos que a crise pode ter provocado algumas situações de perda de rendimentos de algumas famílias que podem ter caído em pobreza, mas não abaixo do limiar de pobreza», refere o presidente do Instituto de Segurança Social.