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A campanha "Acabar Com a Pobreza Já", da Caritas Portugueses, vai ter o seu primeiro evento nos dias 24 e 25, com umas jornadas nacionais sobre "O combate à pobreza e exclusão social".
Esta campanha nacional insere-se no espírito da campanha "Pobreza Zero", da Caritas Europa, que assinala o Ano Europeu do Combate À Pobreza e Exclusão Social, e incluiu uma petição online que pretende influenciar os organismos nacionais e europeus a adoptarem algumas medidas que ajudem a erradicar a pobreza infantil e garantam protecção social e serviços de saúde para todos.
A petição está disponível no site da Caritas Europa, mas, no final do mês, estará igualmente acessível no site da Caritas Portuguesa. O objectivo é angariar no total um milhão de assinaturas - em Portugal a meta são 30 mil assinaturas - para serem entregues no final do ano às instituições europeias.
Em declarações à Renascença, o presidente da Caritas Portuguesa, Eugénio Fonseca, insiste na tese de que é possível acabar com a pobreza - é uma utopia que pode ser concretizada, mesmo que não seja num curto espaço de tempo.
“A pobreza não é de verdade uma fatalidade. Se houver vontade política, se as pessoas assumirem as responsabilidades pessoais em instituições que estejam integrados, é possível erradicar a pobreza”, sustentou Eugénio Fonseca.
Em Portugal, estima-se em dois milhões o número de pobres, mas Eugénio Fonseca admite que o número possa ser superior, porque há muitos que não fazem parte das estatísticas: “Há novos pobres e, sobretudo, tipos de pobreza que não são facilmente referendáveis. Estou a pensar nos sem-abrigo. Quantos sem-abrigo é que existem no nosso país? É difícil responder a esta pergunta. Quantas pessoas excluídas por força da sua condição étnica e cultural?”.