in Diário de Notícias
Um estudo realizado em 19 países revelou que dois terços dos portugueses não vão sair de casa nas férias, ao contrário dos suecos, holandeses e belgas.
O estudo da GfK, feito em parceria com o Wall Street Journal, indica que 66% dos portugueses não saem de casa nas férias, tal como os húngaros, búlgaros, polacos e romenos.
Pelo contrário, suecos, holandeses e belgas pretendem gastar mais nas férias e apenas 25% ficam em casa.
O trabalho mostra que Portugal é um dos países onde menos se gasta em período de lazer, já que dois terços dos portugueses não pretendem fazer despesas, 17% vão gastar até 500 euros e apenas 7% mais de mil euros.
Dos portugueses menos afectados pela crise e que planeiam passar férias fora de casa, 49% apenas o vai fazer por um período máximo de uma semana e 23% por 15 dias, segundo o estudo, a que a agência Lusa teve acesso.
Um valor consideravelmente inferior ao da média dos europeus, já que 31% pretendem gozar 15 dias de férias fora de casa.
Os alemães são os que mais usam períodos de 15 dias de férias e os holandeses os que mais dias pretendem ter de férias.
Os portugueses que vão gozar férias pretendem fazê-lo acompanhados com a família (76%). De acordo com os Inquéritos de Conjuntura às Empresas e Consumidores, divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística, em Junho observou-se uma recuperação dos indicadores de confiança relativos ao Comércio e à Construção e Obras Públicas.
A Industria Transformadora e de Serviços registou, por sua vez, uma deterioração.
A maioria dos europeus pretende passar férias nos respectivos países e os portugueses não fogem à regra: 69% pretendem aderir ao lema "faça férias cá dentro", uma percentagem ligeiramente superior à dos italianos (67%) e dos espanhóis (66%).
Na Europa, os espanhóis são os que mais referem que passarão o seu período de férias sozinhos: 13%, seguidos dos britânicos, com 11%, refere também o estudo da GfK, uma multinacional de estudos de mercado.
O estudo foi realizado em 15 países europeus, Estados Unidos da América, Brasil, Colômbia e Índia, num total de 16 364 entrevistas, a indivíduos de 15 e mais anos de idade, realizadas em Fevereiro e Março de 2010. Em Portugal a amostra foi de 1250 entrevistas.