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46% dos portugueses dizem que, ao longo do último ano, foi uma luta constante para conseguir pagar despesas correntes e créditos.
Mais de 90% dos portugueses consideram que a pobreza aumentou em Portugal nos últimos 12 meses, segundo uma sondagem do Eurobarómetro divulgada esta terça-feira, em Bruxelas. É a segunda percentagem mais elevada em toda a União Europeia, apenas ultrapassada pela Grécia e seguida pela França e Espanha.
Quase metade dos portugueses inquiridos (46%) dizem que, ao longo do último ano, foi uma luta constante para conseguir pagar despesas correntes e créditos.
Em Maio de 2009, na anterior sondagem, essa percentagem era de 40%.
18% diz mesmo que, em algumas ocasiões, o dinheiro não chegou para as despesas fixas com contas e alimentação. Problemas que se estendem às despesas saúde do último semestre, com 47% por inquiridos a assumir dificuldades.
E se nos últimos meses a situação se detiorou, a curto prazo a perspectiva é marcada pelo pessimismo. 42% dos portugueses antecipa uma degradação financeira do seu agregado familiar no decorrer dos próximos 12 meses. 42% espera que tudo fique na mesma, enquanto 10% acredita em melhorias.
A sondagem mostra que um em cada seis europeus declara ter constantemente dificuldade para pagar as despesas correntes e três quartos consideram que a pobreza aumentou no seu país no último ano.
Este inquérito surge quando já decorreu a primeira metade do Ano Europeu
de Combate à Pobreza e à Exclusão Social e após o compromisso assumido no passado dia 17, pelos dirigentes da UE, de retirar 20 milhões de europeus
da pobreza e da exclusão social na próxima década.
Em Portugal, foram questionadas 1005 pessoas, 695 através de telefone fixo e 310 via telemóvel. As entrevistas foram feitas pela Consulmark, entre 18 e 22 de Maio.