in Diário de Notícias
A grande maioria dos diplomados da Universidade Técnica de Lisboa consegue emprego pouco depois de terminar o curso, sendo que quase metade começa a trabalhar ainda antes de acabar os estudos, revela um inquérito hoje divulgado.
Pelo segundo ano consecutivo, a Universidade Técnica de Lisboa (UTL) realizou um estudo para avaliar a empregabilidade dos seus cursos, tendo inquirido diplomados das sete escolas da universidade:Faculdade de Medicina Veterinária, Instituto Superior de Agronomia, Instituto Superior de Economia e Gestão, Instituto Superior Técnico, Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, Faculdade de Motricidade Humana, Faculdade de Arquitetura.
Os resultados da empregabilidade dos diplomados em 2009 revelam que "95 por cento obteve o primeiro emprego durante o primeiro ano após terminar o curso", contou à agência Lusa a reitora interina, Helena Pereira.
O estudo divulgado no dia em que toma posse o novo reitor da Universidade Técnica de Lisboa indica ainda que quase metade dos diplomados (45%) obtém o primeiro emprego mesmo antes de terminar o curso e que 84% estão empregados após seis meses.
Em declarações à Lusa, a reitora da universidade sublinhou ainda o facto de "a maioria ter conseguido o primeiro emprego na sua área de formação".
O primeiro estudo sobre empregabilidade dos diplomados da UTL analisou a situação dos diplomados entre 2006 a 2008. Helena Pereira garante que as diferenças entre os dois inquéritos são "pequeníssimas".
O estudo revela ainda que o vínculo laboral mais frequente é o contrato a termo seguido do contrato efetivo, sendo os empregadores principalmente empresas com mais de 500 trabalhadores ou empresas com menos de 50 trabalhadores.
A maioria dos diplomados pela UTL obteve uma classificação final média de 14 valores e durante o inquérito, que se realizou entre dezembro de 2010 e maio do ano passado, recebiam um salário compreendido entre os 750 e os 1500 euros.
De acordo com o estudo, a "situação atual de emprego mostra que a maioria mantém o emprego inicial e os que mudaram foi por razões de procura de emprego mais interessante ou de melhores condições de progressão na carreira".
Helena Pereira sublinhou ainda o facto de a maioria dos diplomados ter considerado que os cursos que tinham frequentado eram adequados ao mercado de trabalho e afirmaram estar "satisfeitos ou muito satisfeitos com a formação académica recebida".
Dos 2208 diplomados questionados responderam cerca de 35%, uma percentagem que a reitora considera ser "uma amostra muito grande".