5.1.12

Aprender a gerir as finanças familiares deve começar nas escolas, diz Mota Soares

in iOnline

O ministro da Solidariedade e Segurança Social, Pedro Mota Soares, alertou hoje para os perigos do sobre-endividamento nas famílias, defendendo que a aprendizagem da gestão das finanças familiares deve começar nas escolas.

Por ocasião de uma visita às instalações da Confederação Nacional das Associações de Família (CNAF), Mota Soares aproveitou para sublinhar a importância de combater a pobreza, mas também de trabalhar para evitar que as famílias caiam em situação de pobreza.

“Temos de estabelecer e potenciar nas escolas, em articulação com as instituições financeiras, os parceiros sociais, as autarquias locais, as instituições sociais, programas e protocolos que alertem as famílias para os riscos do sobre-endividamento e da importância da sensibilização para a poupança, para o valor do dinheiro ou o crédito responsável”, defendeu o ministro.

Na opinião de Mota Soares, o excesso de dívida e o desemprego são o que mais contribui para os fenómenos de exclusão e é a partir da escola que se deve ensinar a organizar as finanças familiares.

Antes, a presidente da CNAF aproveitou para deixar ao membro do Governo uma “Carta de Prioridades para a Família” com sete pontos “da máxima importância”, entre elas a criação de um Conselho Consultivo das Famílias.

De acordo com Maria Teresa da Costa Macedo, o diálogo entre as famílias e os diferentes governos “tem sido interrompido ao longo dos últimos anos” e defendeu a importância da presença da CNAF em órgãos como a Concertação Social, lembrando que “quando é preciso negociar as famílias não estão presentes”.

Teresa Macedo defendeu uma maior cooperação com as famílias e que “não pode haver mais capelinhas”, sublinhando que a família tem de ser um sujeito ativo e que não é sugerindo aos jovens casais que emigrem que se enriquece o país.

O secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, João Casanova de Almeida, defendeu, por seu lado, que as famílias têm de perceber o valor social da educação e que da parte deste Governo a estratégia passa por cortar com “estratégias facilitistas”, justificando que isso só penaliza ainda mais as famílias que não valorizam a educação.