7.10.09

Aumenta número de famílias sem meios de subsistência

in IOL Diário

Caritas recebe cada vez mais pedidos de ajuda por parte dos «novos pobres»


São os «novos pobres», que precisam cada vez mais de ajuda. Passadas as férias, e com o regresso ao trabalho, são muitos os que se enfrentam com problemas de subsistência. A Caritas, que recebe cada vez mais pedidos de ajuda, lança o alerta.

O presidente da Cáritas, Eugénia Fonseca, fala, à «TSF», em três tipos de pessoas a pedir ajuda e sublinha o drama de quem não tem acesso ao subsídio de desemprego:

«Está a aumentar a procura nas diferentes Cáritas e paróquias, temos três níveis de pessoas nesta situação, que são as pessoas que efectivamente ficaram desempregadas que procuram apoio para encontrar um novo trabalho, as pessoas que apesar de estarem a receber o subsídio de desemprego têm os mesmos encargos e por outro lado temos um drama muito grande os que nem sequer têm acesso ao subsídio».

A questão é que os problemas surgem em várias regiões e não nas tipicamente afectadas pela crise económica. «Começaram por ser o Vale do Ave, o Vale do Tâmega, toda a zona norte do distrito de Aveiro e depois tínhamos sectores de actividade muito fragilizados, os têxteis, os componentes de automóveis, agora está a generalizar-se pelo país», frisa, apontando os casos da «Guarda, Beja, Algarve e Aveiro», que «são zonas muito sensíveis, porque podem não ter em termos de grandes indústrias visibilidade, mas têm tecido de pequenas e médias empresas».

Vales de refeição

Como medida para enfrentar a pobreza destas pessoas, uma espécie de pobreza envergonhada, a Cáritas vai iniciar ainda este mês a distribuição de vales de refeição, através de um protocolo que será assinado, no próximo dia 14, com a Ticket Restaurant.

Serão talões de refeição com valores de cinco, dez ou 15 euros, para pessoas que vivem situações de privação e que nem sequer conseguem pedir ajuda a instituições de solidariedade. Os vales permitirão que as pessoas possam ir a qualquer supermercado abastecer-se de bens essenciais, acrescenta o jornal «Público».