in IOL Diário
Caritas recebe cada vez mais pedidos de ajuda por parte dos «novos pobres»
São os «novos pobres», que precisam cada vez mais de ajuda. Passadas as férias, e com o regresso ao trabalho, são muitos os que se enfrentam com problemas de subsistência. A Caritas, que recebe cada vez mais pedidos de ajuda, lança o alerta.
O presidente da Cáritas, Eugénia Fonseca, fala, à «TSF», em três tipos de pessoas a pedir ajuda e sublinha o drama de quem não tem acesso ao subsídio de desemprego:
«Está a aumentar a procura nas diferentes Cáritas e paróquias, temos três níveis de pessoas nesta situação, que são as pessoas que efectivamente ficaram desempregadas que procuram apoio para encontrar um novo trabalho, as pessoas que apesar de estarem a receber o subsídio de desemprego têm os mesmos encargos e por outro lado temos um drama muito grande os que nem sequer têm acesso ao subsídio».
A questão é que os problemas surgem em várias regiões e não nas tipicamente afectadas pela crise económica. «Começaram por ser o Vale do Ave, o Vale do Tâmega, toda a zona norte do distrito de Aveiro e depois tínhamos sectores de actividade muito fragilizados, os têxteis, os componentes de automóveis, agora está a generalizar-se pelo país», frisa, apontando os casos da «Guarda, Beja, Algarve e Aveiro», que «são zonas muito sensíveis, porque podem não ter em termos de grandes indústrias visibilidade, mas têm tecido de pequenas e médias empresas».
Vales de refeição
Como medida para enfrentar a pobreza destas pessoas, uma espécie de pobreza envergonhada, a Cáritas vai iniciar ainda este mês a distribuição de vales de refeição, através de um protocolo que será assinado, no próximo dia 14, com a Ticket Restaurant.
Serão talões de refeição com valores de cinco, dez ou 15 euros, para pessoas que vivem situações de privação e que nem sequer conseguem pedir ajuda a instituições de solidariedade. Os vales permitirão que as pessoas possam ir a qualquer supermercado abastecer-se de bens essenciais, acrescenta o jornal «Público».