Carolina Reis, in Expresso On-line
Todos os anos cerca de três milhões de mulheres e meninas são vítimas de mutilação genital feminina. O Parlamento Europeu estima que na Europa há 140 mil em risco.
A Amnistia Internacional e a Associação para o Planeamento da Família apresentam hoje uma campanha destinada a combater a mutilação genital feminina na Europa.
Fim à Mutilação Genital Feminina - Uma Estratégia para as Instituições da União Europeia, assim se chama o documento que faz um conjunto de recomendações às instituições da União Europeia.
Tendo como objectivo a protecção de jovens e mulheres na Europa, o documento incide em cinco pontos: recolha de dados sobre mutilação genital feminina, sobre saúde, sobre violência sobre mulheres e crianças, tornar a mutilação genital feminina um critério de asilo e cooperação para o desenvolvimento.
Com este plano pretende-se também fazer um retrato real da situação, já que a informação existente é escassa.
Dados da ONU indicam que 140 milhões de mulheres foram vítimas de mutilação genital feminina, uma prática que faz todos os anos três milhões de vítimas. 500 mil vivem na Europa e 140 mil estão em risco, segundo um alerta do Parlamento Europeu.