17.2.10

PS nega descida de investimento público na região

Carla Soares, in Jornal de Notícias

Distrito do Porto


"O emagrecimento do PIDDAC não significa uma descida no investimento para a região". Esta é a posição que os socialistas do Porto levam, hoje, para a audição ao ministro das Obras Públicas sobre o Orçamento de Estado.

Após alguns autarcas terem criticado o PIDDAC (Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central) para 2010, também Carlos Lage, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, falou de um "grande desequilíbrio" entre Lisboa e Porto numa primeira leitura das verbas regionalizadas.

Porém, o deputado João Paulo Correia, que falou ao JN em nome da Distrital do PS, alega que "os investimentos públicos realizados pelo Governo em quaisquer distritos e concelhos são promovidos por várias fontes de financiamento", não só PIDDAC mas, sobretudo, parcerias público-privadas, empresas de capitais públicos e Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).

"Deste modo, é um erro avaliar a política de investimentos do Governo no distrito do Porto exclusivamente através do PIDDAC", conclui a Distrital. Como exemplo, destaca que o investimento na saúde e transportes "atinge os 1682 milhões de euros", para obras em curso ou a arrancar este ano, com duração média de três anos.

"O PIDDAC não é sinónimo de investimento", insiste João Paulo Correia. O PS exemplifica com os 299 milhões na área da saúde. Estão previstos investimentos de 21 milhões de euros para centros de saúde e 40 milhões para o Centro de Reabilitação do Norte, que contam com verbas também do QREN. Neste último caso, o PIDDAC regionalizado prevê 1,6 milhões em receitas gerais, mais 3,8 milhões de apoio comunitário para a obra.

O Hospital de Amarante, o centro materno-infantil, o terminal de cruzeiros do Porto de Leixões e as obras na A41, A32 e A43 são exemplos que o PS dá de obras que não passam pelo PIDDAC.

A variante da Trofa, na linha do Minho, tem 1,7 milhões naquele programa, mas de um total 66 milhões de euros previstos. A obra, ressalvou o deputado, está em fase de conclusão. Oito de 143 milhões estão inscritos para a primeira linha do metro em Gondomar, e 2,1 de 50 milhões de investimento ma plataforma logística portuária de Leixões. Nos transportes, conclui o PS, o investimento ronda os 1384 milhões de euros.