Catarina Craveiro, in Jornal de Notícias
Sector continua a ser o que tem mais empresas e mais postos de trabalho
O sector do comércio empregou menos 41 mil trabalhadores em 2008, face ao mesmo período do ano anterior. Mesmo assim, continua a ser a actividade que concentra o maior número de empresas e de postos de trabalho. O total de empresas no país caiu 0,5%.
O mercado empresarial português contava com 1 121 472 empresas, em 2008, menos 0,5% face ao ano anterior. Ainda assim, o número de pessoas ao serviço e o volume de negócios gerado pelo sector empresarial cresceram. As actividades do comércio foram as que registaram o maior número de unidades empresariais (24,3%), contribuindo com mais de 266 mil empresas. O comércio concentra, ainda, a maior proporção de pessoas ao serviço e foi o que contribuiu mais para o volume de negócios gerado no ano em análise (37,7%).
Apesar dos resultados favoráveis, o sector não escapou à desaceleração da economia nacional, e empregou já menos 41 mil trabalhadores do que no ano anterior. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2008, o comércio empregou 830 006 pessoas contra os 871 289 trabalhadores registadas em 2007. Cada empresa emprega, em média, 3,1 pessoas.
Destaque ainda para as actividades da água com a maior dimensão média por empresa (26,9 pessoas) e da electricidade que registou a segunda maior dimensão média por empresa (16,5 pessoas). Segue-se a indústria e as actividades administrativas.
Segundo o INE, as empresas com menos de 10 pessoas representavam mais de 95% do total de unidades empresariais. Sublinhe-se o decréscimo no número de empresas e no número de pessoas ao serviço nas classes de dimensão com menos de 50 pessoas, em oposição à evolução positiva verificada em 2007. Já nas classes com 50 ou mais pessoas ao serviço verificaram-se variações positivas, embora mais ténues que as verificadas em 2007.
As empresas não financeiras representavam 97,8% do tecido empresarial, e era constituído maioritariamente por empresas individuais (68%). Ainda assim, foram as unidades constituídas sob a forma jurídica de sociedade as que mais contribuíram para a economia nacional.