19.1.12

Bruto da Costa com dúvidas sobre acordo de Concertação Social

in RR

Forma de negociar o banco de horas é uma das principais preocupações manifestadas.

O Presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz não encontra no acordo de Concertação Social as medidas necessárias para fazer crescer a economia.

Pelo contrário, no documento assinado ao final da manhã, Bruto da Costa só encontra uma acentuada redução do estatuto dos trabalhadores: “É tudo na linha de reduzir o estatuto, para não chamar benefícios, dos trabalhadores.”

Bruto da Costa lamenta que esta seja vista como a única forma de estimular a economia: “Estamos num país que precisa de crescimento, para crescer precisa de investimento e de aumentar a sua competitividade e este acordo dá a impressão que a única coisa que é preciso para aumentar a competitividade do país é reduzir o estatuto dos trabalhadores.”

Em declarações à Renascença, Bruto da Costa dá o exemplo concreto do Banco de Horas uma das medidas, sobre a qual tem muitas dúvidas.

“O banco de horas, em princípio, será implementado por acordo entre empregador e trabalhador. Portanto não há nenhuma intervenção dos sindicatos, não há intervenção de contractos colectivos e portanto sabendo nós que na estrutura de poder no interior das empresas o trabalhador tem, manifestamente um poder mais fraco de negociação, acho mal que este tipo de coisa seja decidido só entre o trabalhador e o empregador”, explica.