19.1.12

Bruto da Costa: Novo acordo contraria Doutrina Social da Igreja

Bruto da Costa entrevistado pelo jornalista Domingos Pinto, in RR

Bruto da Costa critica novo acordo laboral Presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz diz que é pouco provável que o novo acordo consiga fazer crescer a economia.

O novo acordo laboral, praticamente, só tira direitos aos trabalhadores e não se insere na Doutrina Social da Igreja, afirma o presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz, em entrevista à Renascença.

“A Doutrina Social da Igreja é peremptória relativamente ao valor absolutamente incontornável da dignidade humana e há uma frase do Papa João Paulo II que este acordo parece contrariar: ‘o trabalho é para o Homem e não o Homem para o trabalho’”, defende Alfredo Bruto da Costa.

O investigador considera que “quando nós colocamos o ser humano em função daquilo que a economia exige do trabalho, na perspectiva do capital, estamos a inverter a ordem das coisas”.

Nestas declarações à Renascença, o presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz diz que é pouco provável que o novo acordo laboral consiga fazer crescer a economia e critica uma certa mercantilização que é introduzida. “Estamos num país que precisa de crescimento, para crescer precisa de investimento, precisa de aumentar a sua competitividade e este acordo dá a impressão que a única que é preciso para aumentar a competitividade do país é reduzir o estatuto dos trabalhadores”, sublinha