in TSF
Vieira da Silva diz que a flexisegurança fica seriamente posta em causa com o acordo obtido em concertação social. Já Miguel Cadilhe realçou a importância de se ter obtido este acordo.
Vieira da Silva, deputado do PS, alerta que a flexisegurança fica posta em causa com o acordo laboral conseguido em concertação social Miguel Cadilhe, ex-ministro das Finanças de Cavaco Silva, elogia o acordo alcançado
Num comentário ao acordo conseguido em concertação social sobre as leis laborais, o deputado socialista disse que o mesmo «tem muitas medidas no sentido da flexibilidade, tem poucas ou quase nenhumas no sentido da segurança, o que quer dizer que é um acordo desequilibrado do ponto de vista das relações laborais e das relações sociais».
«Desse ponto de vista, assusta-me um pouco quais poderão ser as suas consequências, nomeadamente quando se tem uma visão de privilegiar a relação individual em detrimento dos acordos e das negociações em sede de empresa ou em sede de sector», disse Vieira da Silva, que tutelou as áreas do Trabalho e da Economia nos governos de José Sócrates.
Para o ex-ministro, «prestigiar esse tipo de relação vai desvalorizar e, muitas vezes, tornar desnecessário o esforço que é sempre positivo de acordo numa lógica mais ampla».
Pelo contrário, Miguel Cadilhe, ex-ministro das Finanças de Cavaco Silva, considerou que o acordo alcançado configura «um dos momentos mais importantes para Portugal nos últimos tempos».
«A situação de Portugal precisa de concertação social e da política de rendimentos acordada na concertação social. Fiquei muito satisfeito e acho que é um momento de esperança termos politicas económicas e políticas sociais concertadas entre o governo e os parceiros sociais», disse.
Miguel Cadilhe, que falava aos jornalistas à margem de uma conferência no Porto, frisou ainda que esta concertação vai contribuir para a competitividade e para o crescimento da economia portuguesa.