Por Maria José Oliveira, in Público on-line
Primeiro-ministro abriu debate quinzenal com elogios aos parceiros sociais e distinguiu a intervenção “discreta mas importante” de Cavaco. E apelou ainda aos portugueses para resistirem às “más notícias”.
Era incontornável: Pedro Passos Coelho abriu o debate quinzenal com o tema que dominou esta semana – o acordo da concertação social – e distribuiu agradecimentos aos empresários e às organizações sindicais. Reservou, porém, um especial agradecimento para o Presidente da República, que “teve uma discreta mas importante intervenção” para que o Governo “tivesse conseguido alcançar este acordo”.
Frisando a importância do diálogo – que continuará a ser necessário quando as medidas previstas no acordo derem entrada no Parlamento –, o primeiro-ministro alertou, contudo, para o “momento crítico” que o país ainda vive.
Passos referia-se às “notícias mais problemáticas da Grécia e de uma agência de notação [esta semana, a S. & P. atribuiu a classificação de lixo a Portugal]”, que, conjugadas, “criam um clima de instabilidade e insegurança”. Neste âmbito, Passos afirmou, concluindo a sua intervenção, estar “convencido de que o país quer lutar” e, por isso, “é preciso vencer no seio da actividade exterior as más notícias”. “Tudo depende de nos sabermos reerguer”, rematou.