10.1.12

Rio contra “política perversa que se esconde em organizações secretas”

in RR

Autarca diz não ser aceitável ter como prioridade apenas a redução da despesa pública.

O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, alerta para o que diz ser a quebra da transparência democrática em resultado de políticas perversas de organizações secretas.

Numa alusão tácita à eventual influência da maçonaria na política nacional, Rui Rio lamenta o que considera o fim da predominância do interesse público.

“A palavra dada, a predominância do interesse público como elemento condutor da intervenção política, a defesa da transparência democrática por contraposição à política perversa que se esconde em organizações secretas, a renúncia à hipocrisia e à meia verdade, a desobediência corajosa ao politicamente correcto e a própria honestidade intelectual são valores que têm escasseado, mas consideramos totalmente indispensáveis não só na actividade política como na vida.”

Rui Rio diz não ser aceitável ter como prioridade apenas a redução da despesa pública sem garantir competitividade e emprego. O presidente da Câmara do Porto lamenta mesmo o regresso à emigração.

“Se é certo que temos de sanear as contas do Estado e baixar drasticamente a nossa brutal despesa pública, também não é menos verdade que, se não encontrarmos um caminho para a competitividade e o emprego, o país irá afundar-se socialmente”, avisa o autarca.

A ser assim, sublinha, os credores “que há nossa custa pretendem fazer um chorudo negócio com as exageradas taxas de juro que nos cobram poderão ser também eles vítimas da sua própria ganância”.

Rui Rio falava na cerimónia que assinalou o 10º aniversário como presidente da Câmara do Porto.