Ricardo Oliveira Duarte, in TSF
A AMI alertou, esta quarta-feira, que o número de pessoas carenciadas que apoia subiu 85% entre 2008 e 2011, atingindo mais de 14 mil o ano passado, o número mais alto de sempre.
Das 14.240 pessoas que receberam apoio dos Serviços Sociais da Assistência Médica Internacional (AMI), 43 por cento tinham como principal recurso de subsistência o apoio de familiares ou amigos.
Por isso a AMI destaca que este número sublinha o importante papel que as redes primárias de solidariedade desempenham, mas chama a atenção também para outros factos: 20 por cento das pessoas ajudadas têm rendimentos fruto do trabalho mas que são insuficientes, e a maioria está em idade activa.
Os beneficiários são sobretudo cidadãos de nacionalidade portuguesa com habilitações literárias regra-geral baixas: o 1º ciclo ou menos.
No ano passado, os serviços da AMI mais procurados foram à semelhança do que aconteceu no passado os géneros alimentares e o apoio social.
Em 2011, a percentagem de mulheres em casos de novos sem-abrigo manteve a tendência de aumento dos últimos anos e ficou nos 31 por cento.
Em termos geográficos, tendo como referência 2008 e estabelecendo comparação com 2011, conclui-se que a pobreza teve um crescimento no Grande Porto, sendo superior a 100 por cento (109%) e na Grande Lisboa, o aumento chegou aos 71 por cento.