3.1.12

Um novo modelo num ano difícil

in Económico

Há um discurso de medo à volta do ano que começa. A fazer fé nas previsões macroeconómicas, 2012 será marcado por uma recessão ainda pior do que a do ano passado.

Ou seja, ainda mais desemprego e mais pessoas empurradas para a pobreza. Tendo em conta a dimensão dos ajustes económicos que o País tem de fazer, nomeadamente ao nível do endividamento excessivo e do défice orçamental, é difícil ter outro cenário económico. Até porque o contexto internacional, particularmente na zona euro, é mais uma tempestade que tem de ser enfrentada. No entanto, isto não significa necessariamente que 2012 seja um ano perdido. Pelo contrário, pode ser o afirmar e aprofundar de um novo modelo económico menos dependente do Estado. Para sair desta crise, vai ser precisa uma atitude mais empreendedora, mais ousadia e criatividade. Tudo temperado com rigor nas contas. E não contar que será o Estado que vai resolver a crise por nós. Há uma responsabilidade individual que ninguém poderá negar durante 2012. Ao Estado deve apenas pedir-se que faça bem aquilo que só ele pode fazer - não esquecendo políticas transversais de promoção do crescimento económico - e que não estorve a actividade das empresas empreendedoras. Por último, será necessário um País mais solidário ao longo deste ano para fazer frente às situações de dificuldade extrema que muitas famílias vão sentir. Também aqui não se pode esperar que o Estado faça tudo. Todos podemos ajudar.