In "Observador"
Esta quinta-feira celebra-se o Dia Internacional dos Ciganos. E a Comissão Europeia insistiu que estas comunidades continuam a ser vítimas de discriminação, algo que "perpetua o círculo de pobreza".
No Dia Internacional dos Ciganos, o primeiro vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, realçou que as comunidades ciganas continuam a ser vítimas de discriminação no seio da União Europeia e que as condições “de desigualdade” em que vivem estão “em forte contradição com os valores fundamentais” do continente. Num comunicado assinado a par das comissárias Marianne Thyssen, Věra Jourová e Corina Creţu, o político dinamarquês garante que “os ciganos fazem parte da nossa União e não podem ser deixados para trás”.
Timmermans afirma que as crianças ciganas têm sido as mais visadas pela desigualdade: “Os ciganos não têm o mesmo acesso ao emprego, à educação, à habitação e aos cuidados de saúde”, escreve o vice-presidente da Comissão Europeia, sublinhando que a fraca qualidade do ensino prestado aos estudantes ciganos “perpetua o círculo vicioso de pobreza em que se encontram”.
Há vários programas em prática para conseguir uma maior inclusão dos ciganos na União Europeia, muitos dos quais no âmbito da estratégia “Europa 2020”, que se concentra essencialmente no desenvolvimento das condições socioeconómicas destas comunidades. Apesar dos esforços europeus, escreve Frans Timmermans, “devem ser envidados mais esforços a nível nacional, mas também, em particular, a nível local” que ajudem a combater estereótipos associados à cultura cigana.