Centenas de estudantes deslocados no Politécnico de Bragança defrontam-se com a falta de alojamento e preços especulativos. Naquela cidade do interior, a renda de um quarto pode atingir os 250 euros sem despesas de água e luz.
O Instituto Politécnico de Bragança ultrapassou este ano os 10.000 estudantes, sendo que grande parte deles estão deslocados de outras zonas do país. Este crescimento não está a ser acompanhado pela oferta de alojamento.
A Riskivector, uma agência de alojamento local sedeada na incubadora de empresas do Politécnico de Bragança, ajuda os estudantes deslocados, sobretudo estrangeiros, a encontrar alojamento, mas há muito que esgotou a oferta de que dispunha. A maior comunidade estrangeira a estudar no Politécnico de Bragança é a Africana. com mais de 2.000 alunos. Estes estudantes queixam-se de aproveitamento por parte dos senhorios.
Alunos optam por diferentes soluções
Para ultrapassar a falta de alojamento e os elevados preços das rendas, os estudantes deslocados tentam encontrar soluções que não são as mais convenientes. Muitos optam por ficar em casas de amigos, em situação de sobrelotação, ou em locais a mais de cinco quilómetros do Campus, junto às aldeias.
Da parte do próprio Politécnico de Bragança também não há capacidade de resposta para a necessidade de alojamento. A instituição dispõe apenas de pouco mais de 300 camas nas várias residências da instituição.
As quatro novas residências para estudantes do Politécnico de Bragança, que deverão aumentar para 600 o número de camas disponíveis, vão custar 16 milhões euros e só estarão contruídas em 2025.