in Jornal de Notícias
Um dos mais graves aspectos do desemprego português - a sua muito longa duração, que quase sempre significa que a pessoa não regressará ao trabalho - tem abrandado. Em 2007, o número de desempregados de muito longa duração era superior ao registado cinco anos antes, já que entretanto o desemprego quase duplicou - mas, face ao ano anterior, tem vindo a perder terreno, indica o INE. Se, em 2006, 29,3% dos desempregados o eram há mais de dois anos, já no ano passado essa percentagem baixou para os 27,7%. Em compensação, subiu o número de pessoas sem trabalho há menos de um ano. É, por isso, possível que as pessoas encontrem trabalho antes de entrar para o rol dos desempregados de muito longa duração. Para quem já lá se encontra, a saída costuma ser a reforma antecipada ou a desistência de procurar emprego, passando para o lado dos inactivos, que as estatísticas oficiais não consideram desempregados.