in destak@destak.pt
Todos os países da América Latina vão cumprir o objetivo da ONU de reduzir a pobreza extrema para metade em 2015, afirmou hoje o Banco Mundial, alertando que a África subsariana será a única região do mundo a falhar.
Estas são algumas das conclusões do relatório "Indicadores de Desenvolvimento Mundial" publicado hoje, que avalia o progresso da execução dos oitos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), fixados pelas Nações Unidas em 2000.
Um desses objetivos é a redução da pobreza extrema. A esta meta acrescem a educação universal primária, a redução da mortalidade infantil em dois terços, a melhoria da saúde materna e o combate à sida, malária e outras doenças.
O documento publicado hoje sublinha que, apesar do progresso a nível regional, o avanço na consecução destes objetivos tem sido desigual nos vários países e destaca que apenas 49 das 87 nações que já entregaram informações estão no caminho certo para reduzir a pobreza.
A análise refere ainda que, em termos absolutos, o progresso tem sido "impressionante", destacando que, em 2000, mais 37 milhões de crianças assistiram e completaram a educação primária e mais de 14 milhões foram vacinadas contra o sarampo e outras doenças.
De acordo com os últimos dados disponíveis, sete em cada dez pessoas no mundo em desenvolvimento vivem em países que alcançaram a escolaridade universal ou estão em vias de o conseguir.
Apesar destas melhorias e de outras como o acesso à água potável ou a igualdade de género na escolarização primária e secundária, o Banco Mundial insiste que não se progrediu o suficiente no que se refere à mortalidade e à má nutrição infantil.
Na América Latina, a má nutrição entre as crianças com menos de cinco anos é de 4,5 por cento, um número que, entende o Banco Mundial, pode ser melhorado, mas que é muito melhor do que os 41 por cento da África subsariana ou do que os 12,2 por cento registados no Médio Oriente e no Norte de África.