in Expresso
O número de imigrantes que tentam atravessar a fronteira porosa entre a Grécia e a Turquia quadruplicou no último ano.
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Uma nova força de guardas europeus armados vai ser enviada para a Grécia, para patrulhar as fronteiras do país com a Turquia, numa tentativa de travar a excessiva e crescente vaga de imigração ilegal para a Europa. É esta a primeira vez que Bruxelas posiciona unidades armadas multinacionais numa fronteira externa terrestre da UE. Essas forças serão compostas por Equipas de Intervenção Rápida na Fronteira e forças de guardas de fronteira de outros países europeus.
A Comissão Europeia anunciou que as equipas deverão chegar à Grécia dentro de dias, apesar de o número exato e a constituição dessas equipas ainda estar por decidir. Um funcionário da Comissão disse: "Esta é uma nova frente. As equipas estarão armadas mas só poderão usar as armas em autodefesa".
Com dificuldade em fazer face ao problema das centenas de migrantes que todos os dias entram na Grécia por um zona inóspita e não monitorizada da fronteira do país com a Turquia, perto da cidade de Erdine, Atenas pediu ajuda a Bruxelas no passado fim de semana. "Os fluxos de pessoas que atravessam ilegalmente a fronteira atingiram proporções alarmantes", disse Cecilia Malmström, comissária para os Assuntos Internos da UE. "A Grécia não é manifestamente capaz de resolver a situação sozinha."
Segundo Bruxelas, cerca de oito em cada dez imigrantes que entraram este ano na Europa chegaram à Grécia vindos da Turquia. Alguns são imigrantes económicos ilegais, à mercê de gangues de traficantes de seres humanos. Muitos são iraquianos e afegãos em busca de asilo, que as autoridades gregas tratam de uma forma que as Nações Unidas e a UE consideram difícil de defender. "É uma situação terrível", disse o mesmo funcionário. "Neste momento, os gregos não conseguem controlá-la. É um pequeno país sujeito a uma pressão enorme."