in Jornal de Notícias
O secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social afirmou esta segunda-feira que 2012 será "um ano particularmente difícil" para muitos portugueses e para as instituições que prestam apoio social.
"O Governo tem de estar perto destas instituições, falar com elas e encontrar pontos de parceria para melhorar o serviço que prestam, mas simultaneamente para nos prepararmos em conjunto para, no ano 2012 e nos anos seguintes, haver uma e mais eficaz concertação de trabalho social em Portugal", afirmou à agência Lusa Marco António Costa no final de uma visita à Assistência Médica Internacional (AMI).
foto Paulo Jorge Magalhães/Global Imagens
Secretário de Estado Marco António Costa
Marco António Costa disse ter conhecimento de muitas instituições que "têm feito um esforço extraordinário para conseguirem responder aos pedidos que lhes chegam".
"Muitas delas estão a atravessar dificuldades", lamentou, adiantando que, para responder a estas situações, o Governo criou, pela primeira vez, um Programa de Emergência Social, de 200 milhões de euros na sua base, mas que pode chegar aos 400 milhões de euros nas diferentes componentes que estão associadas a este programa.
Para o governante, é fundamental que este programa "não seja mais um processo burocrático": "Importa que seja uma resposta ágil, directa e de proximidade que faça chegar às pessoas as ajudas e os apoios que precisam".
O secretário de Estado reuniu-se hoje com o presidente da AMI, Fernando Nobre, e com os directores dos vários centros para se inteirar da situação da organização.
"A Assistência Médica Internacional presta um serviço de proximidade às populações muito importante, através dos 16 centros, e quis inteirar-me e ouvir a opinião da AMI relativamente a matérias que, para nós, são de total e de máxima prioridade, como sejam as matérias da emergência alimentar e de resposta imediata no terreno", adiantou.
Marco António Costa adiantou que, entre 2008 e 2011, "houve um crescimento na ordem dos 80 por cento de pessoas que se socorrem da AMI para obterem apoio social".
"Trata-se de uma instituição que, pela sua rede, pelo seu conhecimento e pela história de trabalho social, nos é fundamental obter a sua opinião para podermos preparar e trabalhar no âmbito do Programa de Emergência Social", explicou.
Da parte do presidente da Assistência Médica Internacional, Fernando Nobre, ficou a garantia de que a AMI vai "continuar a desenvolver todo um esforço que permita contribuir para o combate da exclusão social existente no país".
"Já que sabemos que vamos viver um ano difícil, não vale a pena negá-lo", comentou.