20.9.23

Sete em dez empresas já usam Inteligência Artificial ou Realidade Virtual no processo recrutamento

Inês Amado, in Jornal Económico


Até 2030, estima-se que 1,1 biliões de postos de trabalho sejam transformados pela tecnologia, segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) citados pela Experis em comunicado de imprensa divulgado a propósito do estudo.


Sete em dez empresas já implementam Inteligência Artificial (IA) ou Realidade Virtual (RV) no seu processo recrutamento ou admitem vir a fazê-lo em três anos, de acordo com o estudo “Immersive Tech Report” da Experis.

Até 2030, estima-se que 1,1 biliões de postos de trabalho sejam transformados pela tecnologia, segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) citados pela Experis em comunicado de imprensa divulgado a propósito do estudo.


De acordo com o documento, a maioria dos empregadores acredita que a Inteligência Artificial e a Realidade Virtual criarão mais empregos.

“Face aos receios frequentemente enunciados de que a automação resultará na perda de empregos em larga escala, o estudo “Immersive Tech Report” da Experis conclui, pelo contrário, que a adoção das novas tecnologias tende a gerar um aumento líquido do número de empregos, com 58% das empresas inquiridas a anteciparem que as tecnologias imersivas irão levá-las a contratar mais profissionais, face a 24% que refere que não terão impacto na dimensão das suas equipas e apenas 13% que assume que estas tecnologias levarão à diminuição do seu número de profissionais”, é explicado na mesma nota emitida a propósito do estudo.

Segundo Pedro Amorim, Managing Director da Experis, “tal como noutras esferas da sociedade, o mundo do trabalho começa já a sentir o impacto de tecnologias como a Inteligência Artificial Generativa, o Machine Learning ou a Realidade Virtual” e, “apesar do receio de que estas possam eliminar postos de trabalho, é preciso olhar também para as oportunidades que irão surgir em indústrias e sectores emergentes, nomeadamente, em funções que exigem competências humanas como a criatividade, o pensamento crítico, a resolução de problemas ou a empatia, algo que as máquinas não são capazes de demonstrar”.

O mesmo responsável entende que os “empregadores e profissionais devem mostrar-se, assim, cada vez mais abertos à introdução destas inovações, aproveitando os benefícios que advêm da sua utilização, ao mesmo tempo que reforçam as interações e o fator humano na experiência de trabalho para potenciar a criação de maior valor”.

O estudo “Immersive Tech Report” foi redigido com base em dados recolhidos através de entrevistas a quase 39 mil empregadores de 41 países no ManpowerGroup Employment Outlook Survey mais recentes.