in Diário de Notícias
Os custos do trabalho em Portugal subiram 4,7 por cento no segundo trimestre de 2009, comparado com o período homólogo de 2008, um aumento superior à média da União Europeia e da zona euro, indicou hoje o Eurostat.
Segundo o gabinete de estatísticas das comunidades europeias, o índice calculado aponta para um aumento de 3,7 por cento dos custos do trabalho no conjunto da União Europeia e de quatro por cento no conjunto dos 16 países da moeda única.
O Eurostat indica que o aumento total dos custos do trabalho em Portugal se fixou nos 4,7 por cento, igual valor registado no aumento dos custos com salários e remunerações, tendo os custos não relacionados com remunerações aumentado 5,1 por cento.
Os dados relativos a Portugal são provisórios e sujeitos a revisão.
No conjunto da União Europeia, destaque para o aumento de 15,5 por cento destes custos na Bulgária, de 11,7 por cento na Roménia, e para a diminuição de 6,2 por cento na Lituânia e de 0,6 por cento na Estónia, os únicos países com valores negativos.
O índice dos custos do trabalho do Eurostat avalia a evolução dos custos de trabalho por hora suportados pelos empregadores com a força de trabalho.
Os encargos incluídos para medir este índice incluem os salários e remunerações directas, bónus, prémios pagos por objectivos alcançados, pagamentos para fundos de pensões, por dias não trabalhados e remunerações em espécie (como comida, carro da empresas, entre outros).
O índice engloba ainda os pagamentos não relacionados com salários e remunerações directas, como as contribuições sociais e impostos, à excepção dos subsídios dados ao empregador para comparticipar parte ou o total da remuneração do trabalhador.