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7.5.20

Desemprego em Portugal deverá disparar para perto de 9,5% em 2020, prevê a Comissão Europeia

Shrikesh Laxmidas, in Negócios on-line

“Muitos dos cortes de empregos serão provavelmente temporários, mas a expectativa de uma recuperação lenta dos serviços de turismo e atividades relacionadas irá provavelmente ter um impacto negativo na procura por emprego num período mais prolongado”, afirmou a Comissão Europeia.

A pandemia da Covid-19 vai provocar choques temporários e de médio prazo no mercado de trabalho em Portugal, afirmou a Comissão Europeia esta quarta-feira, prevendo que a taxa de desemprego suba para cerca de 9,5% este ano, de 6,5% em 2019, antes de recuar para perto de 7,5% em 2021.

“A queda repentina da atividade económica em março 2020 levou a um aumento significativo do desemprego
registros, apesar das medidas significativas anunciadas para apoio ao emprego”, referiu a Comissão Europeia, nas projeções económicas da primavera. “Muitos dos cortes de empregos serão provavelmente temporários, mas a expectativa de uma recuperação lenta dos serviços de turismo e atividades relacionadas irá provavelmente ter um impacto negativo na procura por emprego num período mais prolongado”.

A tendência de aumento do desemprego é transversal à União Europeia, adiantou. O surto da Covid-19 mudou completamente as perspectivas de produção da economia e dos mercados laborais, explicou.

“Sem as medidas tomadas pelos Estados-Membros para sustentar o emprego, a medidas de contenção desencadeadas pela pandemia poderiam afetar o emprego ainda mais que o PIB, pois os setores mais afetados são aqueles com maior intensidade de emprego e as maiores quotas de contratos temporários”, alertou. “Espera-se, contudo, que as medidas anunciadas amorteçam esses efeitos negativos e permitam que o emprego diminua de forma mais moderadamente que o PIB”.

Para o conjunto dos 27 membros da UE, a CE projecta que o emprego total desça 4,5% este ano, com a taxa de desemprego a subir para 9%, de 6,7% em 2019, antes de recuar para 7,9% em 2021.

Na zona euro a 19 membros, Bruxelas espera taxas de desemprego de 9,6% e 8,6% em 2020 e 2021, respectivamente, depois dos 7,5% de 2019.

22.1.14

FMI. Portugal só volta a crescer a sério com retoma da procura interna

Por Ana Suspiro, in iOnline

A retoma chega este ano, mas é frágil. A Europa do Sul continua a ser a zona preocupante. A deflação é o maior perigo para a zona euro

Este será o ano da retoma na Europa do euro. O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em alta as previsões de crescimento para quase todos os principais players da economia mundial. Mas o prognóstico é mais reservado para alguns países, precisamente aqueles que sofreram o processo de ajustamento orçamental, um clube onde está Portugal.

A zona euro, que "está a atravessar a esquina da recessão para a retoma", deverá voltar a crescer este ano 1%, impulsionada pela economia alemã, cuja riqueza deverá subir 1,6% em 2014. O crescimento deverá acelerar para 1,4% em 2015, animado pela recuperação da França e Itália. Apesar de melhorar também as perspectivas para as economias mais atingidas pela crise do euro - o FMI só divulga nesta actualização as previsões para Espanha e Itália - a Europa do Sul continua a ser classificada pelo economista chefe do Fundo, Olivier Blanchard, como a região "mais preocupante" no mapa mundial.

O regresso ao crescimento nestas economias, é frágil devido ao esforço de ajustamento orçamental. A recuperação é alimentada sobretudo pela força das exportações para os clientes europeus. É um bom sinal, sublinha o homem do FMI que, no entanto, deixa a mensagem. Para se atingir um crescimento sustentado será necessário romper o círculo que se instalou com uma procura interna fraca que, por sua vez, enfraquece a actividade, as empresas e os bancos.

Procura só anima em 2015 "O crescimento sustentado vai implicar a saída desse círculo e terá de se basear tanto na procura externa como interna", defende Blanchard. No caso de Portugal, as recentes previsões do Banco de Portugal apontam para um crescimento quase nulo da procura este ano - 0,1% e uma subida de apenas 0,9% em 2015. A manutenção de elevados níveis de desemprego e os cortes na despesa do Estado são factores que pesam nesta dinâmica,.

Segundo Olivier Blanchard, a procura interna fraca deve-se sobretudo a taxas de juro altas que são pagas pelas empresas portuguesas e espanholas. E a continuação de um consumo interno débil pode arrastar os preços para terreno negativo. Esta evolução não faz parte do cenário base para a maioria dos países, mas a deflação é a maior ameaça detectada pelo fundo à recuperação económica da zona euro. O risco resulta do gap que subsiste a nível da procura e que tem vindo a pressionar os preços para baixo - Portugal fechou 2013 com uma inflação homóloga de 0,2%. E este "é um risco que é preciso evitar", sublinha o economista chefe do FMI, e para o qual será preciso uma resposta adequada da política monetária e do Banco Central Europeu, no sentido de juros baixos. Os testes de stresse à solidez financeira dos principais bancos europeus são vistos pelo Fundo como o grande desafio.

Fora da zona euro, o "World Economic Outlook" salienta o crescimento de 2,4% do Reino Unido e a performance forte dos Estados Unidos cuja riqueza deverá aumentar 2,8% este ano.

A economia chinesa acelerou em 2013, graças ao reforço do investimento, mas esta tendência irá abrandar em 2014 e 2015 devido às medidas de travagem do crédito. O Brasil e a Rússia são decepções na evolução das maiores economistas mundiais. O FMI reviu em baixa as previsões de crescimento destes países para este ano e o próximo.

9.7.13

FMI mais pessimista com economia mundial e zona euro

in Jornal de Notícias

O Fundo Monetário Internacional está mais pessimista sobre a economia mundial, esperando menor crescimento a nível global devido a uma expectativa de mais profunda recessão na zona euro e de abrandamento no crescimento das economias emergentes.

Na atualização divulgada hoje do World Economic Outlook, o fundo diz que a economia mundial deve crescer 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano e 3,8% no próximo ano, menos 0,2 pontos percentuais que o previsto em abril.

O fundo espera também que a zona euro tenha uma recessão mais profunda este ano, agora de -0,6% do PIB, e um regresso ao crescimento para 0,9% em 2014, também uma revisão em baixa de 0,2 pontos percentuais.

Segundo o fundo, estas revisões explicam-se com uma procura interna mais fraca e crescimento mais fraco em vários mercados emergentes, mas também pelo aprofundar da recessão na zona euro.

O FMI alerta ainda para novos riscos para o crescimento económico a nível mundial, tais como um crescimento mais fraco nos mercados emergentes, e ainda a quebra do volume de crédito devido à restrição dos estímulos económicos por parte da Reserva Federal norte-americana, tal como avançado pelo seu presidente, Ben Bernanke.