Joaquim Forte, in Jornal de Notícias
Guimarães regista uma taxa de desemprego superior à média nacional. Além disso, dos milhares de inscritos no Centro de Emprego (na ordem dos 14 mil), a maioria tem idade acima dos 45 anos e formação escolar muito baixa. Mas Guimarães é também a cidade que tem um importante pólo da Universidade do Minho, de onde saem centenas de licenciados à procura de um lugar no mercado de trabalho. Foi esta realidade que levou o Rotaract Clube de Guimarães a promover a Feira do Emprego, de 22 a 24 deste mês, no Pavilhão Multiusos.
O programa, apresentado ontem à tarde, inclui, segundo a organização, a "oferta de milhares de propostas de trabalho e de formação profissional".
De resto, como salienta Alexandre Simões, da organização, o objectivo da feira é fornecer possibilidades de trabalho a desempregados, activos e a jovens licenciados, ou propostas de formação para os estudantes do Ensino Secundário que optam pela via da formação, ao invés do Ensino Superior convencional.
"Guimarães tem uma taxa de desemprego superior à média do país. Não podíamos ficar indiferentes a esta realidade. Como não temos a possibilidade de criar emprego dentro do Rotaract, decidimos organizar uma feira que permita o encontro de quem oferece e de quem procura trabalho", justifica aquele responsável.
Um dos maiores "empregadores" desta feira, diz Alexandre Simões, são as Forças Armadas portuguesas, que estarãopresentes na iniciativa. "São milhares de ofertas para quem quiser seguir a vida militar", diz aquele elemento da organização.
Mas na feira estão também presentes muitas empresas da região e a Universidade do Minho, além do Centro de Emprego local e da Câmara Municipal de Guimarães, entidades que apoiam a iniciativa. Além dos expositores, a Feira do Emprego inclui um programa paralelo, preenchido com palestras, acções de formação e debates. Um deles junta sindicatos e patrões. "Queremos discutir a importância dos sindicatos nos dias de hoje e dar a conhecer propostas na área do ensino profissional, para aqueles jovens que chegam ao fim do Ensino Secundário e são confrontados com a necessidade de tomarem decisões", esclarece Alexandre Simões.