17.12.09

Ministra anuncia Unidades de Cuidados na Comunidade

in Jornal de Notícias

As primeiras 32 Unidades de Cuidados na Comunidade vão ser lançadas sexta-feira para melhorar os cuidados de saúde junto de grupos de risco.

"Na sexta-feira vamos lançar as primeiras Unidades de Cuidados na Comunidade", disse a ministra da Saúde, Ana Jorge, adiantando que nesta primeira fase são 32 nos diversos centros de saúde no país.

Ana Jorge explicou que as Unidades de Cuidados na Comunidade têm como objectivo "trabalhar junto dos grupos de risco e da comunidade, em tarefas relacionadas com a saúde pública, promoção da saúde, protecção da doença, acompanhamento das doenças crónicas, prevenção dos maus-tratos ou apoio à saúde escolar".

"É uma forma de organização para melhor gerir os recursos que temos para dar mais respostas" em termos da prestação dos cuidados de saúde, frisou a ministra.

À semelhança das Unidades de Saúde Familiares, os profissionais de saúde vão poder constituir equipas multidisciplinares e constituir Unidades de Cuidados na Comunidade.

O objectivo traçado pelo Ministério da Saúde é ter, dentro de um ano, uma unidade "em cada um dos agrupamentos de centros de saúde", que são 73 em todo o país.

A ministra admitiu que, com as novas Unidades de Cuidados na Comunidade, "poderá haver necessidade de contratar mais profissionais".

Contudo, disse que as que vão ser criadas vão ser constituídas por profissionais que já trabalham nos centros de saúde.

A ministra, que falava aos jornalistas à margem da inauguração da primeira Unidade de Saúde Familiar da Lourinhã, que abrange 12.500 utentes num centro de saúde onde ainda existem sete mil sem médico de família, respondeu ainda às críticas do bastonário da Ordem dos Médicos.

Reagindo à criação de um novo curso de medicina na Universidade de Aveiro, Pedro Nunes afirmou esta semana que o país já tem faculdades de medicina a mais e que dentro de alguns anos vai haver médicos no desemprego.

Na resposta, Ana Jorge disse que "não há médicos a mais no Serviço Nacional de Saúde" e acrescentou que "nos próximos três anos não vão existir médicos de família para todos.