23.10.10

Eurodeputado em Barcelos lançou desafios aos alunos

Rui Serapicos, in Correio do Minho

Alterações climáticas, envelhecimento da população e segurança energética são desafios globais para os quais o eurodeputado José Manuel Fernandes chamou ontem a atenção de estudantes da Escola Secundária de Barcelos. José Manuel Fernandes, que foi convidado àquele estabelecimento de ensino no âmbito de iniciativas da Área de Projecto e de um concurso que ele próprio lançou, falava para um auditório repleto de estudantes e alguns docentes, mas iniciou a sua intervenção vincando que também vinha para ouvir o que os estudantes pensam dos desafios que se colocam à Europa e ao Mundo.

O desemprego e a pobreza,responderam algumas vozes. José Manuel Fernandes concordou e respondeu que a nível europeu há mais de 83 milhões de pessoas em risco de pobreza, argumentando que este contexto deve valorizar a aposta no ensino. Nesta fase aproveitou para criticar políticas de sucesso estatístico mas sem cultura de exigência.

Adiante, o ex-presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, que foi eleito na lista PSD para a bancada do Partid o Popular Europeu, lembrou que a União Europeia está a implementar a “estratégia vinte vinte” que visa reduzir até 2020, no espaço comunitário, em 20 por cento as emissões de dióxido de carbono e melhorar em 20% os índices de eficiência energética e de uso de energias renováveis.

Lembrando que integra a Comissão do Orçamento do Parlamento Europeu, o deputado explicou aos estudantes que tem em agenda semanas duras de negociação do próximo orçamento comunitário.

Com a implementação do Tratado de Lisboa, a última palavra sobre o orçamento pertence ao Parlamento Europeu, recordou, salientando que neste momento a tendência é para reprovar a proposta orçamental apresentada porque o Conselho Europeu — composto pelos governos dos estados-membros —, depois de observar a primeira proposta da Comissão, preconiza reduções de investimento em áreas como a educação, a juventude ou a investigação científica, domínios para os quais o eurodeputado defende que, antes pelo contrário, deve haver um reforço do investimento.