19.6.23
As alterações climáticas e a pobreza
No passado dia 3 de junho foi levado a efeito, pelo movimento Fórum Cidadania de Aveiro uma tertúlia, que teve como principal finalidade refletir sobre o impacto das alterações climáticas na pobreza em Portugal e no mundo. Pensou-se ainda sobre as profissões que irão desparecer, a breve e a longo prazo, como consequência da alteração do mundo do trabalho. Os oradores convidados, Professor Doutor Carlos Borrego e Professora Doutora Marlene Amorim, de uma forma simples, acessível e simultaneamente magistral, desafiaram os presentes a pensar sobre as questões sociais que já estão a despontar e que surgirão no futuro, fruto das revoluções que estamos a viver.
Por Beatriz Tomé Dias dos Reis *
O Professor Carlos Borrego exortou-nos a pensar criticamente sobre o modo como podemos proteger o nosso planeta (que é afinal a nossa casa), assumindo gestos simples mas que se forem uma prática de todos, terão grande projeção no nosso planeta. Temos apenas duas estações do ano, tendo-se dissipado a existência de estações do ano mais temperadas, a primavera e o outono. Ou faz chuva (muitas vezes torrencial) e frio, ou então, calor e seca extrema. A subida da temperatura é uma realidade que não podemos escamotear. Está aí. Não se trata já de alguns cientistas pessimistas que auguram o pior, mas um facto incontestável. E o mar, essa riqueza imensa e fantástica que nos alimenta (o corpo e a alma), cujas águas vão subir consideravelmente em poucos anos, se nada fizermos…
O aumento exponencial do consumo de energia é mais um facto incontestável. O crescimento da população mundial foi assombroso nas últimas décadas, o que leva a colocar em causa a sustentabilidade do planeta. Há que tomar medidas preventivas, com a máxima urgência, de modo a possibilitar que a nossa casa continue a albergar as gerações vindouras, com o mesmo conforto que nos foi cedido.