Camilo Soldado, in Público
Classificação como património da humanidade levou à requalificação de muitos dos edifícios mais emblemáticos da universidade. Rua da Sofia continua a aguardar alteração estrutural.
Quando, no processo de candidatura a Património da Humanidade, a Universidade de Coimbra e a Câmara Municipal de Coimbra entregaram à UNESCO o plano de gestão da Alta e Sofia, ficou definido um calendário para intervir nos 31 monumentos classificados e no espaço público que os rodeia.
Uma década depois de, no dia 22 de Junho de 2013, a UNESCO ter classificado a Alta e Sofia, vários dos edifícios mais emblemáticos da Universidade de Coimbra foram requalificados, num processo que ainda está em curso. No entanto, as grandes obras que ainda restam na alta universitária - e que tinham intervenção apontada para 2016 - terão que esperar. Também a Rua da Sofia, que seria requalificada e veria os acessos pedonais melhorados até 2014, continua dependente da instalação do Sistema de Mobilidade do Mondego para ver melhores dias.
Na Alta, o Colégio das Artes, onde está instalado o Departamento de Arquitectura, requer uma das maiores intervenções. Em 2019, depois de ter visto as suas condições agravadas pelos estragados causados pelo furacão Leslie, o departamento entregou um plano de intervenção à reitoria da UC, que agora responde por email ao PÚBLICO, através do gabinete de comunicação, que o processo está “em fase de conclusão os projectos para as várias fases de intervenção”.
Não é indicado um horizonte para a requalificação, assim como não acontece com o edifício da Associação Académica de Coimbra e as cantinas erguidas no mesmo quarteirão. As infra-estruturas classificadas apresentam claros sinais de degradação, ao ponto de, em Fevereiro deste ano, ter caído uma pala de betão. A UC diz que vai “desenvolver um projecto global”, existindo “a expectativa de ter um estudo prévio finalizado até final do corrente ano”.
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