27.4.08

À espera de mil novos empregos

Inês Schreck, in Jornal de Notícias

O presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto, acredita que ao longo deste ano podem ser criados mil novos postos de trabalho no concelho, onde apesar das melhorias a taxa de desemprego ainda se mantém da média nacional. Mas, para isso, é necessário criar mecanismos que acelerem o desenvolvimento das empresas existentes e desburocratizar processos para a instalação de novas empresas. Este é, aliás, um dos objectivos do Conselho Consultivo do Emprego e da Formação que vai ser criado amanhã em Matosinhos.

"Há vários projectos em cima da mesa, há contactos com a Câmara. Estou em condições de afirmar que, num ano, poderão ser criados mais de mil postos de trabalho em Matosinhos", referiu o autarca, assegurando que em causa não está a abertura de grandes superfícies, mas de várias pequenas e médias empresas, ligadas "aos computadores, aos serviços e outra de material ortopédico".

Desemprego desceu 2,7%

Nos últimos dois anos, Matosinhos registou uma diminuição do desemprego, aproximando-se dos valores nacionais. Em Janeiro de 2006, o concelho tinha 9521 desempregados (11,1%) e dois anos depois, em Janeiro deste ano, registava 7232 (8,4%). Note-se que a maior descida deu-se ao longo do ano de 2007 que começou com 9079 desempregados.

A recuperação explica-se, de acordo com Guilherme Pinto, com uma pequena melhoria da conjuntura económica no país, mas também com algumas iniciativas promovidas pela Autarquia, entre as quais a criação da Loja do Emprego.

No ano passado, inscreveram-se naquele espaço 1117 pessoas, sendo que 326 foram encaminhados para formação profissional adequada à oferta de emprego. Esta é outras das missões do Conselho Consultivo do Emprego e da Formação de Matosinhos, que reunirá duas vezes por ano, será presidido por Guilherme Pinto e contará com representantes de várias estruturas e associações empresariais. São exemplos a Associação Empresarial de Portugal, a Associação Nacional de Jovens Empresários, a União das Associações de Hotelaria e Restauração do Norte de Portugal, a Propeixe, a UGT e a CGTP, entre outras.

"Percebemos que boa parte da oferta de emprego no concelho não ia ao encontro das habilitações e formação dos desempregados", explicou o presidente da Câmara. Assim, o Conselho Consultivo deverá começar por identificar as necessidades do mercado de trabalho para depois adequar a formação dos desempregados.