Os bens em que os preços mais subiram e desceram

in Jornal Público

Portugueses pagam mais pela saúde e tabaco, mas poupam nos telemóveis

As maiores subidas

Serviços hospitalares
Apesar de este tipo de despesa ainda ter, em média, um peso reduzido no orçamento dos portugueses, a subida de 80,9 por cento registada no espaço de 12 meses é suficiente para ter influência na recente aceleração da inflação. De acordo com o INE, esta variação tão drástica dos preços dos serviços hospitalares está directamente relacionada com a decisão do Governo de aumentar as taxas moderadoras nos hospitais públicos em Abril do ano passado.

Tabaco
O agravamento fiscal a que tem estado sujeito desde meados de 2005 continua a fazer do tabaco um dos produtos em que os preços mais sobem. Nos últimos 12 meses, a variação foi de 16,3 por cento, um valor para o qual contribuiu o facto de, este ano, a colocação no mercado do tabaco com o imposto actualizado ter sido mais rápida.

Leite, queijo e ovos
Este grupo de produtos alimentares registou no último ano uma subida de preços de 13,5 por cento. A principal "culpa" é do leite, que tem apresentado a alta de preços mais forte da última década.

Combustíveis
A combinação de uma alta de preços do petróleo nos mercados nternacionais com a subida dos impostos cobrados fez com que os combustíveis para transporte ficassem, no prazo de um ano, 12,6 por cento mais caros. Apenas a apreciação do euro tem servido para limitar os danos.

As maiores descidas

Equipamento telefónico
Os constantes avanços tecnológicos, o abrandamento da procura e a concorrência faz com que os telemóveis custem agora, em média, menos 16,5 por cento do que há um ano.

Produtos hortícolas
Em relação a Março do ano passado, registou-se nestes bens uma decida de preços de 15,4 por cento. O que tem estado a acontecer é uma correcção em relação aos valores muito altos registados durante o ano de 2007.