por Lusa, in Diário de Notícias
A Câmara das Caldas da Rainha vai disponibilizar instalações e compromete-se a pagar as despesas com água e electricidade a desempregados que pretendam criar o seu próprio emprego.
"O objectivo é fomentar o empreendorismo e pequenas iniciativas de auto-emprego "disse hoje o presidente da Câmara, Fernando Costa, na apresentação do projecto "Caldas Empreende 09", desenvolvido em parceria com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e a Associação Industrial da Região Oeste (AIRO).
A iniciativa destina-se a pessoas em situação de desemprego, com dificuldades de acesso ao mercado de trabalho ou em risco ou situação de exclusão.
"Destina-se a pessoas que tenham competências sobretudo em profissões tradicionais, como sapateiros, pedreiros, canalizadores, carpinteiros e outras mais antigas com tendência a desaparecer" explica, por seu lado, o vereador dos assuntos económicos, Hugo Oliveira.
A ideia é, para além de contribuir para a diminuição dos 2500 desempregados do concelho, "motivar o surgimento de projectos de respondam às necessidades económicas e sociais" quer dos desempregados quer da restante população.
"Em tempo de crise, as pessoas mais facilmente recorrem ao trabalho de um sapateiro, do que compram uns sapatos novos", concretiza o vereador.
O município irá disponibilizar as antigas instalações de uma fábrica desactivada para acolher os projectos que venham a ser apoiados, garantindo o pagamento da renda, água e electricidade.
"Poderemos disponibilizar outros espaços da autarquia, ou mesmo arrendar outros onde as pessoas possam instalar o seu posto de trabalho" caso o espaço se torne insuficiente, adiantou Fernando Costa.
O Centro de Emprego das Caldas da Rainha disponibilizará o acesso a candidaturas aos apoios existentes para a criação de auto-emprego a todas as pessoas inscritas e, a AIRO, garantirá o apoio em consultoria para a criação do projecto e candidaturas de financiamento a programas como o QREN, MOD-COM (para o comércio), PRODER (actividades agrícolas) e Finicia, que apoia projectos até 45 mil euros.