S.O., in Jornal de Notícias
A acusação da procuradora Cândida Vilar seguiu para julgamento e, em Outubro de 2008, Mário Machado foi condenado a quatro anos e dez meses de prisão efectiva por oito crimes, entre os quais, discriminação racial, ofensas à integridade física e posse ilegal de armas.
Os 36 arguidos - cinco acabaram absolvidos -, conotados com o movimento "skinhead", foram pronunciados a 29 de Novembro de 2007 pelo crime de discriminação racial e outras infracções conexas, incluindo agressões, sequestro e posse ilegal de armas, após uma investigação da Direcção Central de Combate ao Bandistismo (DCCB) da Polícia Judiciária, sob a direcção do Ministério Público. Durante as buscas realizadas pela DCCB, na fase de investigação, foram apreendidas diversas armas de fogo, munições, armas brancas, soqueiras, mocas, bastões, tacos de basebol e propaganada de carácter racista, xenófobo e anti-semita.
Entre as 29 situações analisadas no processo, vários foram os casos em que o tribunal não provou a motivação pelo ódio racial ou político.
No caso mais mediático, de Coruche, ficou provado o "apelo às armas contra os ciganos", feito por Mário Machado.
O presidente do colectivo de juízes justificou, na altura, as penas pelos "antecedentes criminais violentos".
No final do julgamento, o líder nacionalista disse não estar surpreendido, mas referiu ser vítima de perseguição: "Lá vou ter de ir outra vez para a prisão, para as masmorras desta nova inquisição, mas quero que os portugueses saibam que vou continuar a lutar por um futuro melhor para os portugueses e as nossas crianças".