in Diário Notícias
"Desde 2005, Portugal qualificou mais adultos do que nos últimos 30 anos", disse ao DN o secretário de Estado do Emprego, referindo-se ao contributo do programa Novas Oportunidades, cuja avaliação externa foi ontem apresentada.
Até ao momento registam-se 1,2 milhões de inscritos no programa, nas duplas valências de educação e formação e reconhecimento e validação de competências, se bem que ainda só existam 372 mil certificações, ou seja, formandos graduados.
Atendendo a que a meta traçada em 2005 era de abranger um milhão de pessoas até 2010, Valter Lemos considera que "o objectivo foi alcançado: o mais importante não é o número de graduações, mas saber que há muita gente com a qualificação em curso", diz.
De acordo com projecções internacionais recentemente divulgadas, Portugal foi o país da UE que mais progrediu na melhoria das qualificações, mas mesmo assim, quando chegarmos a 2020 ainda estaremos na cauda da União Europeia.
"Isto significa que ainda temos de acelerar muito mais e devia fazer pensar quem critica o programa das Novas Oportunidades. E só o fazem por uma de duas razões, ou por ódio político, ou por ciúme social", considera o responsável pela pasta do Emprego. Porque, acrescenta, os factos, agora expostos no relatório independente, com peritos internacionais, de avaliação ao programa revelam resultados "muito positivos". A saber, 32% das pessoas que passaram pelo programa apontam um impacto positivo na sua vida profissional, mais de 85% recomendam a experiência a outros adultos, experimentaram maior estabilidade no emprego, alargaram as competências e a vontade de continuar a estudar reforçou-se. As mulheres aderiram mais.