No Dia Internacional das Crianças Vítimas Inocentes de Agressão, as Nações Unidas lembram os efeitos a curto e longo prazo do conflito nos mais jovens.
A guerra na Ucrânia trouxe para a Europa um exemplo do impacto dos conflitos no crescimento das crianças um pouco por todo o mundo onde há guerras a marcar o quotidiano. Além das muitas crianças mortas e feridas como danos colaterais das acções bélicas, as Nações Unidas estão preocupadas com os efeitos físicos e psicológicos do conflito nas crianças ucranianas a curto, médio e longo prazo. As marcas invisíveis que transcendem o imediato, silenciosas, e que se podem revelar a qualquer momento neste que é um dos grupos mais vulneráveis.
Como diz o porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) na Ucrânia, Damian Rance, neste domingo, 4 de Junho, em que a organização assinala o Dia Internacional das Crianças Vítimas Inocentes de Agressão, “não há um botão de pausa na infância”.
A Ucrânia é apenas um dos cenários de guerra no planeta porque são cada vez mais as crianças que vivem em zonas de conflito: pelo menos 230 milhões actualmente, de acordo com um relatório da organização não-governamental Save the Children. Desde 2005 mais de 104 mil crianças foram mortas ou ficaram mutiladas por causa de conflitos no mundo, de acordo com a Unicef, 93 mil foram recrutadas por grupos armados, 25.700 foram sequestradas e 14.200 sofreram violência sexual.
Em relação à guerra na Ucrânia, Rance, em entrevista à Europa Press, alerta para o “impacto dramático” que a guerra terá “no futuro de todas e cada uma das 7,8 milhões de crianças do país”, a quem o conflito “roubou festas de aniversário, recordações escolares e o seu tempo com amigos e familiares”. Já para não falar daquelas que perderam familiares e amigos, mortos em consequência do conflito.
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