Há 58.400 crianças a beneficiar da gratuitidade, mas insuficiência de vagas continua a ser o grande entrave à universalidade do programa Creche Feliz.
Ao fim de cinco meses de ter sido estendido aos privados, o programa Creche Feliz, destinado à aplicação da gratuitidade nas creches, já conseguiu cativar a adesão de 70% dos estabelecimentos lucrativos existentes em Portugal. E há mais 40 processos em análise que, quando estiverem concluídos, vão fazer esse número saltar para os quase 80%. Com 58.400 crianças abrangidas pelo programa, há evoluções positivas e problemas que tardam em ser resolvidos.
Susana Batista, da Associação de Creches e Pequenos Estabelecimentos de Ensino Particular (ACPEEP), não se mostra surpreendida com os níveis de adesão dos estabelecimentos privados, que foram revelados, esta semana, pela secretária de Estado da Inclusão, Ana Sofia Antunes, numa audição parlamentar. “Em boa verdade, já esperava esta adesão, porque neste momento a maior parte das creches privadas são pequenos espaços em áreas em que as pessoas não podem pagar mensalidades muito elevadas. Por isso, os valores que praticam já estão enquadrados com os valores que a Segurança Social se propõe a pagar”, disse ao PÚBLICO.
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