in Diário de Coimbra
Em meados dos anos 70, os países desenvolvidos preocuparam-se com os mais
carenciados. Mas a preocupação não tem tido resultados práticos.
O alerta parte de Coimbra, mais precisamente da secundária Avelar Brotero, onde nasceu a Promundo, Associação de Educação, Solidariedade e Cooperação Internacional.
O Fundo de Solidariedade 0,7%, recorda a associação, «nasceu da constatação de gravíssimas dicotomias económico-sociais» a nível mundial, com os países mais desenvolvidos a comprometerem-se, perante a ONU, a dispensar 0,7% do respectivo Produto Interno Bruto para projectos de desenvolvimento de regiões carenciadas.
Volvidos mais de 30 anos da promessa, acentua a Promundo, a maioria dos países não a cumpre, apesar da necessidade de intervenção urgente para minorar as desigualdades e a pobreza generalizada.
Acreditando que a «responsabilidade continua a estar nas nossas mãos – nos apelos à consciencialização da estrutura institucional e na atitude individual assumida perante o desafio moderno que é a luta contra a pobreza, a Promundo, que está em fase de instalação, sensibilizou ontem a comunidade educativa da Avelar Brotero, ao dispor os participantes de forma a “desenhar”, no campo de jogos da escola, os caracteres do 0,7%.
NÚMEROS
900
milhões de pessoas sofrem de fome
70%
da mortalidade infantil deve-se a causas que podiam ser evitadas
39,5
milhões de pessoas estão infectadas com o VIH/SIDA
72%
das crianças não estão escolarizadas