9.6.09

UE promete promover a integração dos ciganos

in Destak

A União Europeia (UE) comprometeu-se ontem a pôr em marcha medidas para melhorar a integração social dos ciganos, "face à crescente pressão e discriminação" de que sofrem pelo aumento da actividade dos grupos xenófobos nalguns países membros.

A população cigana, que constitui a minoria étnica mais importante da UE, vê-se ameaçada por um "aumento do movimento extremista, como consequência da crise económica actual", disse o ministro checo dos Direitos Humanos e Minorias, Michael Kocab, cujo país ocupa a presidência rotativa da UE.

O colectivo cigano "está submetido a uma pressão enorme e a uma crescente discriminação, já que há grupos radicais que estão a desenvolver uma posição "anticiganos" baseada em preconceitos que levam a comportamentos radicais e inaceitáveis", advertiu Kocab no final do Conselho do Emprego e Assuntos Sociais que se realizou segunda-feira no Luxemburgo.

Em concreto, referiu-se à situação da República Checa, "onde há uma actividade de grupos com ideias neonazis que centram as suas actividades contra a população cigana", algo que também sucede "noutros países europeus".

Por isso, os 27 mostraram vontade de tomar medidas de alcance social para melhorar a integração dos ciganos, sendo esta a primeira vez que este tema é tratado num Conselho Europeu

Os ministros pediram à Comissão Europeia (CE) e aos Estados membros "que ponham em marcha as medidas necessárias para promover a plena integração dos ciganos", assim como as políticas oportunas "para defender a igualdade entre homens e mulheres, lutar contra as discriminações, a pobreza e a exclusão social".

No texto de conclusões ontem aprovado, destaca-se também a necessidade de garantir o acesso à educação, ao alojamento, à saúde, à pobreza, aos serviços sociais, à justiça, à cultura e ao desporto.

Este trabalho vai apoiar-se na plataforma para a integração social dos ciganos, um foro de encontro entre representantes dos governos nacionais da União, que inclui membros de outras organizações internacionais e da sociedade civil, convocado pela primeira vez em Praga em Abril.