Henrique Cunha, in RR
Relações sociais e familiares devem ser trabalhadas para evitar que haja pessoas abandonadas em unidades hospitalares, defende Rede Europeia Anti-Pobreza.
É um erro pensar que o Estado é a única solução para o problema. É desta forma que o padre Jardim Moreira, da Rede Europeia Anti-Pobreza, reage ao sétimo Barómetro de Internamentos Sociais que revela um aumento do número de internados sociais de pessoas que não têm par onde ir.
Em declarações à Renascença, o padre Jardim Moreira diz haver um quadro de egoísmo que motiva este cenário.
“A solução tem de ser repensar a pessoa humana e relações sociais porque o que está mal é este tipo de sociedade que estamos a criar a partir do interesse de lucros e egoísmo que resulta numa sociedade inacreditável e desumana “, afirma.
O padre Jardim Moreira conclui que não é o Estado a solução para o problema dos internamentos sociais.
Sublinha que as relações sociais e familiares devem ser trabalhadas para evitar que haja pessoas abandonadas em unidades hospitalares.
O barómetro dos internamentos sociais revela um aumento de 60% em relação a 2022. Em março, 1.675 camas nos hospitais públicos estavam ocupadas por pessoas internadas apenas por razões sociais. Este aumento percentual dos internamentos inapropriados custará ao Estado 226 milhões de euros este ano.