5.6.23

Nova lei do tabaco potencia comércio ilícito e desemprego

Joana Amorim,  in JN


Maioria concorda que a lei pode incentivar vendas ilícitas e reduzir postos de trabalho.


Podem as anunciadas restrições aos locais de venda incentivar o comércio ilícito? A nova lei do tabaco irá gerar desemprego? Duas questões que receberam a concordância da maioria dos inquiridos nesta sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF.

Quando se conheceram os contornos da proposta de lei do Governo, alguns analistas apontaram que as restrições aos locais de venda poderiam promover o comércio ilícito. E 73% dos inquiridos partilham dessa opinião, enquanto apenas 12% discordam. Sendo que entre os que concordam, a faixa etária superior é dominante. Já numa leitura regional, no Norte e na Área Metropolitana de Lisboa, um terço afirmou concordar totalmente com a hipótese, proporção que cai para os 19% no Sul e Ilhas.

Já um possível impacto no desemprego não é descurado, com 52% dos inquiridos a entenderem que a nova lei retirará postos de trabalho. Sem grandes oscilações por grupo etário, mas com variações no que ao perfil de consumo de tabaco diz respeito. Entre os que fumam diariamente, 69% creem na redução de postos de trabalho com as novas medidas que vêm alterar a lei em vigor desde 2007, enquanto, no lado oposto, estão aqueles que nunca fumaram.

À LUPA
Ameaça à liberdade

Quase um quinto (19%) declarou encarar as novas medidas como um atentado às liberdades individuais, sendo maior na faixa etária 50-64 (23%) e na Área Metropolitana de Lisboa (22%).


Fumar ao ar livre

Dos 28% que dizem concordar totalmente com mais restrições ao consumo de tabaco em espaços ao ar livre, destaque para os inquiridos com idades compreendidas entre os 35-49 anos (34%) e residentes no Sul e Ilhas (31%).