António Marujo, in Jornal Público
Estão completas as votações na Conferência Episcopal Portuguesa (CEP). Entre as novidades, o bispo do Porto foi eleito como vogal do conselho permanente, mantendo a presidência da Comissão Episcopal de Cultura e Comunicações Sociais; e o actual porta-voz passará a presidir à Comissão de Pastoral Social.
É curto o número dos que podem eleger e ser eleitos: 29 bispos titulares e auxiliares. Os eméritos, que já deixaram o cargo aos 75 anos, não podem ter lugar no conselho permanente nem presidir a nenhuma das nove comissões sectoriais. Por isso, a votação pouco mais é que um ajustamento de pelouros. Também porque os estatutos prevêem uma limitação de dois mandatos por cargo.
Mesmo assim, quatro comissões mudaram de presidente, enquanto o conselho permanente passou a ter novos rostos e mais um membro - já que o porta-voz, que era um bispo, passará a ser, a partir de Setembro, o padre jesuíta Manuel Morujão.
Como vogais do conselho permanente, foram eleitos Manuel Clemente (Porto), José Alves (Évora), Albino Cleto (Coimbra) e Gilberto Canavarro (Setúbal). Estes nomes juntam-se aos do presidente e vice-presidente, eleitos segunda-feira: Jorge Ortiga (Braga) e António Marto (Leiria-Fátima). Por inerência, o patriarca de Lisboa integra também o conselho permanente, que garante a gestão da CEP entre as assembleias plenárias.
Saem do conselho permanente o vice-presidente António Montes Moreira (Bragança) e o porta-voz Carlos Azevedo (auxiliar de Lisboa), que fica em funções até Setembro e assume, entretanto, a Comissão de Pastoral Social. O 1.º Congresso deste sector, a realizar em Setembro, será a primeira tarefa de vulto que terá que acompanhar na comissão.
Nos órgãos sectoriais, houve ainda mudanças na Doutrina da Fé e Ecumenismo: em virtude da sua eleição como vice-presidente da CEP, António Marto cedeu o lugar a Manuel Felício (Viseu). Mudou ainda a Liturgia, onde Anacleto Oliveira (auxiliar de Lisboa), substitui António Taipa (auxiliar do Porto). E a comissão das Missões, onde António Couto (auxiliar de Braga) sucede a Manuel Quintas (Algarve).
As comissões restantes, que coordenam o trabalho nacional da Igreja em diferentes sectores, mantêm os presidentes: na Educação Cristã fica Tomaz Nunes (auxiliar de Lisboa); no Laicado e Família continua António Carrilho (Funchal); nas Vocações e Ministérios permanece António Francisco Santos (Aveiro), Manuel Clemente (Porto) continua como presidente da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais e António Vitalino (Beja) fica na Mobilidade Humana.