21.2.09

CCDRN pede investimentos com urgência para combater a crise na Região Norte

Aníbal Rodrigues, in Jornal Público

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional quer medidas de efeito imediato, dirigidas às pequenas empresas


A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) apelou ontem a uma "resposta urgente" de combate ao declínio da actividade económica e do emprego através da "adopção de medidas anticíclicas que discriminem positivamente a região e de aplicação célere". Perante um ano de 2009 que se prevê "nada auspicioso para uma região que tenderá a sofrer mais do que as demais regiões portuguesas os impactos da quebra dos mercados e da desaceleração económica", a CCDRN lembra a urgência do "investimento público de proximidade, de efeito imediato e de pequena ou média dimensão, gerador de dinâmicas empresariais e laborais ao nível local, designadamente no tecido das micro, pequenas e médias empresas".

A CCDRN promete fazer tudo o que está ao seu alcance para minimizar os efeitos da crise. Vai intensificar a execução dos projectos já aprovados no Programa Operacional Regional do Norte 2007/2013 e, em particular, os investimentos de proximidade, de base local e municipal, de aplicação mais imediata e geradores de actividade laboral. Além disso, este programa será reforçado em termos de verbas, com o intuito de viabilizar e aprovar todas as candidaturas elegíveis classificadas com mérito superior.

A CCDRN quer também tornar possível uma mais rápida execução, no terreno, dos mais de 3 mil milhões de euros em investimentos do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) já aprovados para o Norte. Irá ainda disponibilizar às câmaras e empresas locais toda a informação necessária e apoio técnico que contribuam para melhorar o acesso a fundos comunitários.

Para a CCDRN, o sinal de alarme tornou-se mais audível depois de ter constatado que, no último trimestre de 2008, se verificou uma redução de 0,8 por cento no emprego, face ao trimestre antecedente. O que significa haver mais 14 mil pessoas sem trabalho. Algo paradoxalmente, o desemprego até recuou 6 por cento no último trimestre do ano transacto (menos cerca de 11 mil desempregados), mas este é um número que carece de contextualização: o que sucede é que, neste período, por comparação com o de 2007, houve 42 mil pessoas que se reformaram, deixando de integrar a população activa.