Jesus Zing(com Reis Pinto), in Jornal de Notícias
Primeiro-ministro lembrou em Aveiro que o emprego é prioridade e anunciou, em Espinho, obras em escolas
O primeiro-ministro José Sócrates mostrou-se ontem convicto em Aveiro que o sector social pode retirar do desemprego 30 mil pessoas até final do ano, elogiando a resposta do sector no com-bate ao desemprego.
Centena e meia de instituições de solidariedade social da região centro do país assinaram ontem acordos com a Segurança Social para a criação de 1686 empregos de inserção e 424 estágios, numa cerimónia presidida pelo primeiro-ministro José Socrates nas instalações das "Florinhas do Vouga" em Aveiro onde foi inaugurada uma nova creche.
"O emprego tem que ser a prioridade para toda a sociedade portuguesa e o primeiro sector a dizer presente foi no sector social", disse o primeiro-ministro.
Sócrates lembrou que actualmente mais de 15 mil portugueses que estão inscritos nos centros de emprego se encontram a trabalhar no sector social e afirmou que "se tudo correr bem no final do ano, 30 mil pessoas trabalharão no sector social". "Isto é uma solução para a crise", disse o primeiro-ministro. para quem "o emprego tem que ser uma prioridade".
Sócrates que estava acompanhado do ministro do Trabalho, Emprego e Solidariedade Social, Vieira da Silva, apontou o exemplo das "Florinhas do Vouga" para elogiar o trabalho das instituições de solidariedade social. "O dever do Estado é agradecer-vos", disse.
O primeiro-ministro que ao principio da noite recebeu os parceiros sociais do distrito de Aveiro no Governo Civil, foi recebido à chegada por uma centena de manifestantes integrando os sectores da pesca, professores, agricultura, metalúrgicos e corticeiros, afectos à Intersindical.
Sócrates esteve, de manhã, na Escola Secundária Gomes de Almeida, em Espinho, que está a ser alvo de uma profunda requalificação, orçada em 14 milhões de euros e anunciou obras em mais 55 escolas do Ensino Secundário, antecipando a terceira fase do programa de Modernização do Parque Escolar. "Estamos a oferecer uma oportunidade de sobrevivência a todas as pequenas e médias empresas. O programa fará a diferença entre manter-se em actividade ou fechar portas, entre ter ou não emprego. As obras deverão começar entre Maio e Junho".
O primeiro-ministro recordou que o Ensino é a grande aposta do seu Governo. "O nosso dever é dar uma boa Educação aos nosso jovens, pois ela é vital para o desenvolvimento económico", referiu.
O primeiro-ministro destacou que a Educação também "é vital para a igualdade de oportunidades". "É sabido que a menor formação correspondem rendimentos mais baixos", sublinhou.