Plano de desenvolvimento para o Vale do Ave

Joaquim Forte, in Jornal de Notícias

A Comunidade Intermunicipal do Ave, que foi ontem constituída, em Guimarães, vai gerir 90 milhões de euros em projectos de investimento nos vários municípios da região.

A educação é a área prioritária do Plano Territorial de Desenvolvimento do Ave 2015, que define os projectos que a nova estrutura intermunicipal vai implementar.

A CIMAVE, uma Associação de Municípios de fins múltiplos, representa, segundo António Magalhães, autarca de Guimarães, "uma nova etapa de desenvolvimento" da região. Mas não significa o fim da AMAVE (Associação de Municípios do Vale do Ave) que tem fins específicos, com funções mais centradas no tratamento dos resíduos. Para o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, Carlos Lage, a CIMAVE é uma boa resposta para o "pós-crise". "A recuperação reserva bons ventos para quem sabe o rumo a tomar", disse aquele responsável, considerando que esse princípio é válido para toda a região Norte. "Os ventos que sopram actualmente não são bons mas vão mudar e devemos estar preparados para o pós-crise, apostando na mudança", disse.

O Plano prevê vários projectos nos municípios da nova organização, apostados na qualificação, na criação e fixação de emprego e na valorização do património. A CIMAVE é composta pelos municípios de Mondim de Basto, Cabeceiras de Basto, Vieira do Minho, Póvoa de Lanhoso, Fafe, Guimarães, Vizela e Vila Nova de Famalicão. A promoção do planeamento e da gestão da estratégia de desenvolvimento económico, social e ambiental do território; participação na gestão de programas de apoio ao desenvolvimento regional, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional, entre outras, são algumas das suas competências.